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O resultado de uma partida provocou espanto no Campeonato Baiano da segunda divisão, a ponto de os dirigentes do Galícia pedirem a anulação do jogo.
Os torcedores do Galícia foram para o estádio do clube, nesta quarta-feira, apoiar os jogadores. Eles acreditam que o time vai voltar à primeira divisão do Campeonato Baiano.
No domingo, o Galícia disputava uma vaga nas finais da divisão de acesso e fez o dever de casa: venceu, em Salvador, o jogo contra o Independente. Só deixaria de ir à final se o Guanambi vencesse o Leônico por 10 a 0.
Os jogadores do Galícia chegaram a comemorar a classificação antes de o jogo acabar, no interior do estado. Mas, nos últimos 13 minutos, o Guanambi fez cinco gols. Venceu o Leônico por 10 a 0 e eliminou o Galícia.
“É uma vergonha o que fizeram com o Galícia. O Galícia não vai admitir ser vítima de mais uma molequeira no futebol da Bahia”, indignou-se o presidente do Galícia, Raimundo Nonato Reis.
"Apesar de ganho de 10 a 0, quem esteve no jogo viu que foi uma partida bastante disputada. A gente teve que suar muito”, disse o técnico do Guanambi, Elias Borges.
Os jogadores do Leônico reclamam que sofreram ameaças da torcida do Guanambi, mas dizem que não entregaram o jogo.
“A torcida em cima de mim, jogando pedra. Muitos diziam que iam me matar quando eu saísse do jogo. Eu caía no chão porque eu estava sentindo mesmo”, disse o goleiro do Leônico, Alexandre.
“Para mim foi normal. A gente segurou até onde pôde”, contou outro jogador.
Para os torcedores, o resultado da partida foi, no mínimo, estranho.
“Não é possível. Como é que um time pode tomar 10 a 0”, questionou uma torcedora.
Quem vai decidir a situação é o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). A diretoria do Galícia entrou com representação contra o Guanambi, por falta de segurança no estádio onde foi realizada a partida dos 10 a 0.
Já a Federação Baiana de Futebol, na dúvida, suspendeu o campeonato da segunda divisão e também encaminhou o caso ao TJD.