26.4.06

Amigos

"...eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências… A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. ... Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os." (Vinicius de Moraes)

3 comentários:

Patrick Gleber disse...

Giácomo


Em entrevista ao blog do jornalista Josias de Souza, o presidente da Central Única dos Trabalhadores, João Felício, disse que se a tese do impeachment andar os movimentos sociais irão reagir contra.

Veja mais no meu blog

PATRICK GLEBER
www.pensarpolitico.blogspot.com

tássia disse...

se me permite, vou completar Vinícius com um pouco de Oscar Wilde: "escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. a mim não interessam os pretensos bons de espírito nem os maus de caráter. fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. deles não quero resposta, quero meu avesso."

Que venham os bons!
[ ]'sss
Tássia N.

Anônimo disse...

Giácomo! É verdade. Reconheci logo você.
Beijos