1.6.05
À espera da notícia
Nem sempre o que se pensa como reportagem rende. Às vezes, a gente chega ao local marcado e toda a expectativa que tínhamos sobre um determinado assunto... vai embora.
Os personagens não rendem, a história não era o que imaginávamos.
Também nem sempre o que se fez vai para o ar. Ou tinha uma matéria melhor ou factual ou porque o editor-chefe simplesmente não gostou.
Mas tem o lado bom. Às vezes, a gente vai para uma pauta meio sem acreditar no que vai fazer e... os personagens são ótimos, ajudam a contar a história e a reportagem ganha vida própria. Se faz por ela mesma.
E nada mais emocionante - mesmo depois de tanto tempo de profissão -, do que ver uma matéria dessas no ar.
Mas é fundamental que tenhamos o cuidado de tratar cada assunto como essencialmente importante para as pessoas que passaram a informação. Às vezes o que para a gente não tem nenhum significado e realmente não vale matéria, para as pessoas que pediram a presença de uma câmera de TV, é como se aquela reportagem fosse o acontecimento mais importante da vida.
Esse é o grande barato de ser repórter.
Temos que aprender a pesar e medir todos os lados e... decidir se temos ou não uma história para contar. E se decidirmos contá-la, que seja com toda a competência possível.
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