

Não conheço Duda Mendonça.
Até a madrugada de quarta para quinta-feira passada só o tinha encontrado uma única vez, no apartamento dele, exatamente para fazer uma entrevista sobre a eleição do Presidente Lula.
Quarta-feira Duda foi a Polícia Federal prestar depoimento.
Chegamos, os jornalistas, as duas horas da tarde. Ficamos de plantão, esperando pela chegada do publicitário. O depoimento estava marcado para as 17 horas. Depois, ficou para as 18:30hs. Duda chegou as 20:40hs.
E aí que seria muito bom que estudantes de jornalismo, estagiários e profissionais em início de carreira nesta profissão, lá estivessem.
Repórteres da TV Bahia/Globo, TV Bandeirantes, SBT, O Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e A Tarde, ficamos lá até as 4 horas da madrugada para esperar pelo fim do depoimento.
Duda saiu sem comentar o que tinha dito ao Delegado da Polícia Federal.
Pediu desculpas, com educação, disse que estava indo direto para Brasília, entrou no carro e... foi embora.
Já tinha revelado o que iria confirmar a CPI e que nós só saberíamos pela televisão e pelas cópias do depoimento algumas horas mais tarde.
Para nós todos, foi uma madrugada quase inútil.
Quase. Fiz matéria para o Jornal da Globo, para o Jornal da Manhã(TV Bahia) e para o Bom Dia Brasil. E só.
As revelações de Duda fizeram ruir um castelo de cartas.
Nós que passamos a noite lá no plantão da Polícia Federal, apesar de tudo, não saímos frustrados pela espera. É do dever e da profissão.
Mas que seria interessante ver estudantes de jornalismo encarando a longa espera, lá isso seria!
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